segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dos Meus e Aos Meus...


Sim... É uma menininha. E, sim, também já tem nome: Sofia.
É verdade que a alegria e a felicidade é incomensurável. Mas, não seria a mesma coisa sem uma série de fatores que contribuem para que hoje eu tenha plena certeza do que é plenitude.
A primeira delas é saber que tudo se ajeita com o passar do tempo. E que tudo só acontece quando o tempo gera - do modo certo e completo - e traz à luz os acontecimentos. E tudo que o tempo faz é perfeito.
Hoje, por exemplo, eu sei que tudo aconteceu exatamente quando e como deveria acontecer. Assim. Simples. Mas, quando tudo esta em seu transcurso, é dificil saber o motivo, saber o por que tudo está assim se fazendo.
Foi bom ter sofrido com a solidão? Sim. Foi muito bom. Porque hoje eu conto com o companheiro mais maravilhoso do mundo!!!
Assim, desses cúmplices para todas as horas e todos os momentos. Que é meu melhor amigo, meu enfermeiro - porque ando precisando - meu namorado, meu esposo, meu amor.
Aos trinta - e um tico mais - era para eu estar muito mais segura. Mas, não sei se são os hormônios da gravidez, mas ando muito, mas muito mais insegura do que deveria. E estressada. E impaciente.
Em meio às maravilhosas descobertas a respeito da vida que cresce dentro de mim, eu me pego sendo desafiada a não deixar de ser mulher. Mas, é tão difícil.
Porque meu corpo de mulher está todo o tempo sendo desafiado a ser corpo de mãe. Daí o corpo de mãe é desafiado o tempo todo a continuar a ser corpo de mulher.
Não pode engordar, não pode desanimar, não pode ficar com o cabelÃO feio, as unhas tem de estar bem feitas, o corpo macio e depiladinho, os pés macios, a pele sem manchas.
Então, freie a imeeeeeeeeeeeeensa vontade - enlouquecedora, muitas vezes - de comer doces, massas e afins, e o impulso de não sair da cama - como, aliás, fiz anteontem - dome a dor na coluna inteirinha - cervical, toráxica e lombar - e estica a cabelaça. Sem contar a falta de grana que nos pega assim, de surpresa como a própria notícia da gravidez. Tudo muito normal. Bom, pelo menos é o que dizem.
Andar está cada vez mais difícil. Porque, além de tudo, tudo, eu arranjei uma dor nos pés que me faz andar com aquele caminhar de pata choca. Não sei se todas as gestantes caminham assim por causa de dores. Eu sim.
Estou me sentindo uma inútil. Não consigo fazer nada direito. A mocinha está crescendo e crescendo e meus órgãos cada vez mais estão espremidos.
Muitas vezes eu choro em bicas porque não consigo mais fazer tudo o que fazia antes. Cozinhar agora, só de vez em quando e se for algo bem rapidinho.
Lavar louças... A barriga já não deixa mais!!!
Da roupa a minha superultramegamaravilhosa "Sebastiana" lavaroupas que só falta falar - mas toca musiquinha quando termina o serviço - dá conta do recado.
Sobra para o pobre marido. Coitado. Que já não dorme mais direito e, quando dorme um pouquinho, é acordado com meus gritos de dor por causa das cãimbras noturnas. Sem contar que, como já não tenho mais posição confortável o bastante para dormir, passo a noite "grelhando" na cama e levantando o tempo todo para ir ao banheiro.
Fico com pena dele, tadinho... Que deve ter a sensação de "propaganda enganosa"!!!
Mas, sabem, apesar de tudo isso que descrevi - e olha que nem falei de tudo - todas essas essas coisas desaparecem em meio a outras.
Como o fato de ter alguém tão maravilhoso perto de mim. Que, mesmo sem entender direito o que eu sinto de fato, está por perto me suportando. Sei que não é fácil...
Talvez hoje eu tenha plena consciência daquilo pelo que estou passando, mais do que se tivesse vinte, vinte e poucos anos. Tudo agora tem outro peso. Está certo que, se fosse a dez anos atrás, meu corpo reagisse bem melhor. Mas, acho que não seria assim tão bom e consciente.
Mas, há outras coisas que me fazem dizer que vale a pena tudo, tudinho mesmo: Quando Sofia mexe aqui dentro, e eu sinto que ela está viva, e meu lindo dá aquele sorriso satisfeito, curioso e interessado, eu esqueço tudo... E me pego sonhando com o dia em que ela estará entre nós na nossa cama, e que vai no meu colinho acordar o papai com aqueles grunidinhos de bebê e aquele cheirinho gostoso...
Eles dois são meu mundo, agora. Tudo o que faço é para eles. Se suporto as dores, se caminho claudicante, se choro escondida, se me alegro abertamente e chamo para ver nossa menininha mexer todas as vezes que ouve a voz do pai, é só para sentir que ela está viva e ver aquele sorriso lindo naquele rosto mais lindo ainda deste homem magnífico que me foi posto ao lado.
Ah, quanta sorte eu tenho!!! Não canso de dizer isto.
Assim como a dor fica descrita e marcada nas palavras, o amor também. E a alegria, e a vontade de sorrir.
Há tantas e tantas coisas para dizer, mas o tempo tem corrido mais do que a quantidade das minhas palavras... E ele me tem prendido nas tarefas impostas pelo trabalho e por minha filha que, ainda crescendo dentro de mim, já me preenche o tempo todo com todas aquelas sensações que, na verdade, são só um modo de o corpo dizer que está preparando um outro ser. Para isso precisa de tudo de mim. E, muitas vezes, tudo é muito pouco.
Aos poucos, os anos que se passam vão me ensinando mais e mais a respeito de mim mesma e da vida. Daqui para frente, vou ser mãe. E também mulher. E esposa. E profissional. E amiga. E filha. E irmã. E uma pessoa qualquer.
De qualquer maneira, tentarei fazer o que puder para dar conta. Se vai dar certo? Não sei, não!
Mas, como sempre, vou vivendo dia após dia. Com noites - ultimamente mal dormidas - no meio que é para dar tempo de pensar. Ou não.
Saudades de todos!!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Graciosa

Atravessar pontes significa transpor um rio. E, mesmo sem os pés na água, não se enganar: Ela está lá. Muitas vezes calma. Outras tantas revoltas.
Acredito que a chegada dos 30 anos foi mais ou menos assim. Houve tempos em que pensei que eu afundaria. Então, eu me lembrava que a ponte estava ali. Ainda que as águas passassem por sobre ela. Eu tinha medos. Muitos deles. Mas, conforme o tempo foi passando os medos foram mudando e muitos foram desaparecendo, outros tantos diminuindo.
Acabo de deparar com outra ponte no meu caminho. Essa eu estou atravessando acompanhada, graças ao Pai! O que faz a trajetória ser um pouco mais fácil. Pelo menos tenho olhos para mirar quando as incertezas inundam o meu coração. Será que vou dar conta? Será serei boa o suficiente. Só o suficiente já seria muito bom.
E os olhos que me fitam são serenos. E são fortes o bastante para mim. E, desde sempre estiveram ali comigo, claros, sinceros, doces e firmes. E as mãos também não soltaram as minhas. Cada vez que eu estou um pouco atrás, eu vejo sua mão se esticando me pedindo: "Dá aqui a mão. Segura!"
Houve tempos de cansaço. Muito. E agora estou descansando. Literalmente!!!
Um sono que não tem tamanho. Que nem me deixa pensar muito. Mas, o medo está lá. Aplacado pela companhia maravilhosa do Amor.
E, agora, um Amor crescendo dentro de mim. No meu coração. No meu corpo. Na minha vida. Uma vida em minha vida. Que complementa a doçura da verdade que sinto nas mãos dadas, no abraço, no aconchego, na amizade.
Aos - quase - 31, eu me pego agradecendo tanto, mas tanto a Deus... E pedindo Graça e Misericórdia para essa nova fase que se inicia.
Nova vida. Casa nova. Filhotinho(a). Novos desafios.
Tenho a certeza de que será difícil. Desafiador. Mas, também sei que será maravilhoso. Assim como toda a minha vida. Não tenho o que reclamar. Só contar. E agradecer.
Agora, mais do que em todo o meu viver, eu sei que a vida está acontecendo. E, ter quem se ama por perto pode ser muito mais do que apenas ter companhia. Pode também significar ter a coragem aumentada. E um abraço na alma que é difícil de descrever.
Em estado de graça. É assim que estou.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Zaroinha... Também!!!




A certa altura da vida você tem certeza de muitas coisas. E mais incertezas ainda. Um problema.
Mas, uma das melhores coisas é que você tem certeza absoluta e irrevogável de que tem muuuuuuitos defeitos.
Lá dentro do coração escondidos de todo o mundo, na cara - para todo mundo ver - e outros tantos escondidinhos em algum lugar e que você só revela para alguém em quem confia muito. Demais da conta. Outras vezes, nem sob tortura manifesta.
Eu acho que tenho defeitos demais. Muitas vezes nem gosto muito de me olhar no espelho. E acho que é por isso que gosto tanto de roupas. A maioria delas escondem meu corpo e revelam apenas algo curioso - a respeito da própria roupa, diga-se.
Muitas vezes eu me pego pensando no excesso de intimidade que acomete alguns casais... Estou passando por, digamos assim, uma adolescência tardia, tendo um bocado de acnes, coisa que nunca, jamais, em tempo algum eu havia tido na vida. Minha pele era uma das maiores qualidades que eu tinha. Muito branquinha, lisinha, aveludada... Linda - modéstia lá nas profundas do ser...
Daí então, eu fico imaginando que seria impossível e improvável que algum dia eu pedisse :"Meu bem, será que você poderia espremer essas espinhas?" Arg!!! Que horrível!!!
Gente, há um limite para a intimidade. Tem de haver!!! Para não se perder o encanto do mistério, sabe?
Eu não quero saber de certos detalhes dos quais eu também não gosto que saibam a meu respeito. Pelamordedeus!!!
E, quando eu digo isto, eu falo é de qualquer pessoa!!!
E eu lá quero saber que a criatura que eu nunca vi mais gorda teve um piriri daqueles???? As pessoas não tem a menor cerimônia em falar de certos assuntos. Eu, hein!!!
Imagine só quando se fala de um relacionamento a dois... Claro que eu não estou exagerando. E alguns acontecimento acabam se quedando em um acordo meio que tácito que os casais tem. Não falam a respeito daquilo, mas respeitam os limites do outro por sentirem que aquilo agride de certa forma.
Tenho celulite... E agora mais ainda depois que engordei um cadim. Isto é algo que não me incomoda. Posso falar nisto sem problemas, mesmo porque acabam por ficar escondidinhas debaixo das minhas roupas. E eu não uso tecidos que as mostrem para qualquer um. Nem pensar!!! Mas também não deixo de por um traje de banho por isso.
Isto é o tipo de coisa com a qual você não pode ter muitos grilos porque senão acaba atrapalhando na hora do bembom...
Sou desconjuntada. Outro defeito. Tiro praticamente todas as minhas articulações do lugar voluntariamente sem dor. Mas, o que poderia ser uma benção (perdeu o circunflexo? Será que há milênios? Nunca vou entender essas reformas ortográficas), acaba sendo curioso. Por exemplo, dançar pode ser um desastre se eu não me concentrar bastante. O fêmur sai do lugar. mas, também pode ser bem interessante este atributo que me rende uma flexibilidade natural. E eu nem quero saber o que se pode pensar a respeito disto... Não quero!!!
Eu nasci com cabelos encaracoladíssimos. Para mim algo que sempre foi um problema. Desde sempre. Daí que surgiu a mágica da escova progressiva e eu estou livre para molhar meus cabelos quando eu quiser... Ou, quando a grana permite - bem entendido.
Também nasci com pés tortos congênitos, algo que foi reparado antes mesmo de eu começar a andar...
E meus olhos são - como diz o Meu Lindo - "tortinhos"... E eu fico um pouco sem graça quando alguém percebe e me diz. Nas fotos 3x4 costuma ficar bem evidente meu leve estrabismo, que é algo que pouquíssimas pessoas percebem cotidianamente.
Confesso que não gosto muito. Mas, se não fosse assim, não seria eu.
Não gosto das minhas mãos. Acho meus pés muito grandes para minha altura, sem contar que tem joanetes e vivem constantemente rachados, não importa o esforço que eu faça para mante-los lisinhos...
Tinha uma pinta no lábio superior que eu amava. Tive de tirar. Agora, eu consigo notar uma pequena diferença que, aos olhos de todo mundo nem existe. Mas, para mim um lado ficou ligeiramente diferente do outro.
Também não gosto do meu nariz. Não. Não gosto...
Para mim, eu tenho os maiores culotes do mundo... Ah! Não gosto do que vejo no espelho. É isto.
Porém, não tenho problemas para me aceitar e me amar assim mesmo. Eu me cuido do jeito que dá. Apesar de, ultimamente, não estar ligando muito para minha alimentação que já foi bem mais saudável.
Por isso, a intimidade fica mais gostosa. E a convivência também. Porque a vida sem que nos amemos a nós mesmos é muito complicada. Pelo simples fato de que fica difícil permitir o outro conosco.
Tenho também outros muitos defeitos que escondo no meu coração e só mostro para pessoas que eu amo demais. Mas, dos que não se pode ver, a ansiedade é algo que eu não tenho problemas em dividir. E, depois de tanta coisa, ela piorou. Quem não me conhece de verdade, acha que eu sou calma... Engano. Escondo bem. Só isso. Mas, a intimidade faz revelar, e isto é bom.
Que fique bem entendido que não sou daquelas pessoas fresquinhas que acham tudo nojento. Só algumas coisas. Espremer coisas nos outros é uma delas. Tem dó!!! Ainda mais em público!!!
Mas, de uma coisa eu tenho mais certeza ainda do que dos meus defeitos e das - poucas - qualidades que tenho: Que é muito bom arrumar alguém que nos ame assim como somos. E que nos entende. E que olha nos seus olhos profundamente só para achar bonitinho aquilo que você não gosta muito de evidenciar. E, por isso mesmo, aperta sutilmente os olhos para dar, logo em seguida, um sorrisinho maroto, como quem está fazendo uma travessura do tipo olhar por debaixo da porta algo que alguém está tentando esconder.
Gosto das risadas que se seguem e dos olhos que eu aperto. Gosto. Muito.
É... Sou vesga, como uma certa criaturinha gosta de dizer. Sou zaroinha... Também.
E, se isto me faz ser eu mesma, que maravilha!!! Porque, até agora, não desejei ser mais ninguém que eu mesma.
Ufa!!!




domingo, 18 de abril de 2010

Sem Vergonha. Nem Culpa!

Há pouco mais de 30 anos - ah, tá bom, quase 31! - eu nasci com o grande privilégio de ser brasiliense.
Outro dia eu vi junto com Meu Amor, uma camiseta que achei até muito bem humorada com a seguinte frase estampada: "Sou brasiliense. Mas, juro que sou inocente!"
De fato, os atuais acontecimentos nos fizeram perder o rumo. Acontece que não foi só o cenário político brasiliense que se sujou até a medula. O que nos deixa um pouco sem rumo é que o poder tem de acontecer por aqui.
É a Câmara Legislativa, o Buriti... E há quase 50 anos os 3 Poderes da República que tem nos envergonhado.
Sempre que dizemos que somos de Brasília, vem alguém comentar da lamentável situação política. Nunca - em toda a minha vida que já soma mais de 60% dos anos da Capital - alguém me falou da magnífica cidade que Brasília é.
Hoje amanheceu um lindíssimo céu azul. Desses que só acontecem por aqui. O céu daqui é de um azul indescritível!!!
E eu dizia o quanto eu amo a minha injustiçada cidade. E nós brasilienses é que somos os maiores culpados por tantos enganos, porque nos calamos diante de tudo o que dizem de nossa linda cidade.
Linda. Demais. É só olhar. É uma festa para os olhos. Tanto verde, tanto espaço, tanta amplitude. Um clima tão gostoso... Apesar da seca que nos assola boa parte do ano. Mas, que nos rende dias lindos, lindos!!!
É a cidade que tem um eixo que é Monumental. Não só no nome. Começa pelo fato de ter 6 faixas de cada lado. Passando pelo Setor Militar Urbano - um pouco recuado, decerto -, vemos a Igreja Rainha da Paz com suas janelas entrecortadas no concreto, e cujas formas nos lembram mãos erguidas em preces.
Mais à frente, o singelo Cruzeiro, lugar para se apreciar memoráveis ocasos. O Memorial JK, onde jaz nosso querido fundador e eterno Presidente, o Museu do Índio, a praça das fontes - que adorna os 3 Poderes da Capital - o Palácio do Buriti - sede do Governo do DF - o Palácio da Justiça - sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios - e agora a mais nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal - ainda desocupada.
Mais um bocado abaixo, no sentido Leste, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães - ladeado à esquerda pelo Parque da Cidade - o Clube do Choro e o Planetário.
Andando mais um pouquinho, a Torre de TV e sua feirinha maravilhosa!!!
A Rodoviária o Teatro Nacional, o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional e, por fim, a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes com o lindíssimo "auriverde pendão da minha terra, que a brisa do Brasil beija e balança"!!!
Pensa que acabou???? Nem pensar!!!
Temos o novíssimo Setor de Autarquias Federais, onde ficam a Procuradoria-Geral da República, o Tribunal Superior do Trabalho o Tribunal de Contas da União, o Superior Tribunal de Justiça e o futuro Tribunal Superior Eleitoral. Todos projetados por Niemeyer. Lindos, lindos, lindos!!!
Há ainda as 3 pontes - cada uma mais magnífica que a outra: A ponte JK com seus 3 imponentes arcos, a Costa e Silva - projeto de Niemeyer que parece flutuar delicadamente sobre o Lago - e a Ponte das Garças - um pouco mais comum...
Sem contar o Lago Paranoá!!! Ah!!! Um dos meus recantos prediletos é o Pontão, onde eu posso ficar à beira dele, lá looooonge de muita gente ouvindo o barulhinho das águas calmas...
Não posso deixar de falar do CCBB um lugar super bacana para quem aprecia as artes...
Ai!!! E tem também o Setor de Autarquias... Com o prédio do Banco Central e o da Sede da Caixa Econômica Federal - só aqueles vitrais já valem a visita.
Opa!!! Não posso esquecer das Super Quadras... Que eu amo apaixonadamente... Principalmente a 114 Sul onde passei momentos maravilhosos da minha vida... E outros momentos nem tão maravilhosos assim.
E o Eixão???????? E aquele tanto de árvore!!! Cada época um espetáculo diferente: Quaresmeiras, Sibipirunas, Flamboyands, Ipês, Primaveras, Paineiras, Jacarandás Mimosos... E as frutíferas: Ingás, Jamelões, Jacas, Mangas, Amoras... E as demais: Pequis, Pau-Ferro, Sucupiras e outras tantas que eu nem sei o nome.
E o restante todo que compõe nossa Capital, que é rodeada por suas famosas Cidades Satélites, muitas até já existiam antes mesmo da inauguração, como é o caso de Planaltina.
Sobradinho e sua vista bucólica e seu friosinho, Taguatinga e sua efervecência, Brazlândia e sua calma, Lago Norte e Lago Sul e toda a sua sofisticação...
Brasília tem a alma grandiosa!!! Acolheu e acolhe filhos e filhas quem nem dela são, fora os seus.
Há mais de 30 anos eu tenho orgulho da minha cidade. Das suas faixas de pedestres respeitadas, da relativa limpeza - que precisa muito melhorar - da vida cultural que está só melhorando... Dos restaurantes maravilhosos...
É a cidade em que ainda se pode andar de mãos dadas pela rua. Que ainda se pode descer e levar o bebê para tomar sol. É a cidade em que se pode olhar para o horizonte e vê-lo, de fato. Pode-se ver até onde a vista alcança.
Apesar das obras intermináveis que a confusão política só fez atrasar, apesar do trânsito que só piora a cada dia, apesar de a cada chuva parecer que vamos ser encolhidos nas tesourinhas, apesar dos pesares é a cidade mais maravilhosa do mundo. E eu não poderia deixar de sentir o maior orgulho de dizer que sou daqui. Sou brasiliense!!!
E, estou louca para ver uma outra camiseta por aí estampada assim : "Sou brasiliense. Morra de inveeeeeeeeeeeeeeja!!!"

sábado, 3 de abril de 2010

Peculiaridades

Quanto mais o tempo passa, mais a gente vai se dando conta daquilo que não víamos antes.
Pequenos detalhes que fazem muita diferença agora.
Fizemos 6 meses de namoro que começou meio assim... Sem que percebêssemos o que estava, de fato, acontecendo. Mesmo porque, a amizade nasceu muito antes de qualquer coisa - pelo menos em mim.
Claro que, quando o conheci, o que mais me chamou a atenção foi a beleza. Depois, o jeito manso. Ainda depois, a educação. E mais à frente ainda, a gentileza e a generosidade.
Eu lhe disse há pouco tempo que, embora mergulhada na dor e na confusão, eu não conseguia deixar de estar perto.
Era mais forte do que eu. E a simples ideia de ficar longe me entristecia...
E a amizade foi só crescendo...
E as peculiaridades daquele ser magnífico, foram me conquistando a cada dia.
Mas, eu também tenho uma peculiaridade que ganhei com o tempo. Eu não gosto de usar as pessoas como muletas. Daí porque não queria magoá-lo.
Não sou dessas pessoas que ficam com uma para esquecer a outra... Eu hein!!!
Bom, eu sei que conversávamos muito, que ele sempre soube de TODA a minha história - até as partes mais tenebrosas - dos meus medos, das minhas inseguranças, minhas palhaçadas, meu riso, meu choro... Tudo ele conheceu. E conhece. E sabe de mim cada dia mais. Porque eu não me escondo, apesar de acharem que sim.
E, depois das liiiiiiiiiiiiiiindas rosas vermelhas, depois do dia MARAVILHOSO que passamos juntos, depois do cineminha nota 10 que fechou a noite, eu deitei na minha caminha cheeeeeeeeeeeia de almofadinhas e travesseiros e me lembrei do primeiro beijo...
Foi num dia que ganhei um abraço tão gostoso, mas tão gostoso... E, depois de um frio que quase me congelou, e de um aconchego que me aqueceu o corpo e o coração, lá num dos lugares que mais amo em Brasília, chego em casa e ganho um beijo que de mim foi meio roubado!!!
Não me esquecerei jamais daquele beijo. Do modo aflito como ele começou. Do abraço apertado, e do olhar de incerteza que ele carimbou depois em mim.
Aqueles olhinhos verdes aperdadinhos perguntando a si mesmo se havia feito uma besteira...Hehehehehe!!!!
É uma peculiaridade dele... Os olhinhos verdes falam mais que mil palavras. São transparentes como uma nascente de água, de onde nascem todas as suas palavras, gestos, intenções.
E acho que ele viu lá na hora que eu gostei... Muito! Mas, que estava com medo também.
Eu já disse antes que a diferença entre o covarde e o corajoso é que ambos sentem medo. Mas, o segundo os enfrenta, ainda que saia ferido...
Eu escolhi enfrentar o medo de sofrer novamente... E, até agora, eu só tenho tido aquilo que sempre procurei: Amor, companheirismo... E muito mais!!!
Como ele me entende... Como faz o meu dia ficar mais completo. Ele, aliás, me completa!!!
Aos 30 anos, a gente passa a procurar - e necessitar - de alguém que nos complete... Para que não deixemos de ser nós mesmos. E para que possamos nos fundir em uma outra vida que é um pouco nossa também.
Aos 30 passamos também a perceber mais pequeninas coisas, pequeninos gestos que corroboram ou que contradizem aquilo que se diz ou se faz. E, até agora suas peculiaridades só confirmaram aquilo que ele é.
Espero que as minhas não façam com que ele corra a léguas de distância da minha existência... - Hehehehehe - Mas, que possamos juntos tecer uma vida até o fim dela.
E eu só queria dizer a ele que aquele beijo veio na hora exata. E que me fez abrir os olhos e eu vi um modo de enfrentar a vida novamente.
Com ele ao meu lado, tudo ficou mais fácil. Tudo ficou mais doce. E as incertezas se tornaram certezas...
É assim... É uma peculiaridade do amor... Ele faz milagres. E contrói onde nada havia para ser.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Não sei se acontece com todas as balzacas, mas ando sentindo uma certa angústia...
É como se eu já tivesse a exata noção de que a vida passa rápido. Mesmo. Claro que ainda há muito chão pela frente. Mas, depois da infância, passando pela adolescência, pela juventude e pela fase adulta, eu tenho a sensação de que muito mais eu poderia ter vivido.
Mas, não me arrependo do que já vivi. Mesmo o que não foi bom, mesmo os erros, serviram para o meu crescimento e para que eu me tornasse a pessoa que - gostem ou não, amem ou não - eu sou hoje.
Eu gosto do que me tornei. E muitas vezes não gosto do que sou. É assim. Todos somos assim. E se alguém me diz que gosta de absolutamente tudo em si, ou que detesta tudo em si, eu vou achar que ou é narcisista ou é deprimido. É preciso haver equilíbrio.
Bom, ultimamente eu ando pensando muito na maternidade. Coisa que ainda não aconteceu para mim...
E me pego - eu que por um tempo não quis - desejando muito carregar um barrigão por aí.
Perguntaram-me outro dia se eu ficasse grávida o que eu acharia.
Bom, aos 30 anos, com a vida profissional estabilizada, tendo uma pessoa maravilhosa, que amo e que me ama ao meu lado, eu não posso dizer que eu ficaria apavorada com a idéia de ser mãe. Com todas as condições acima elencadas, eu, no mínimo, ficaria tranquila por saber que tenho condições de criar meu filho com sossego.
Só que eu posso dizer que ficaria extremamente feliz. Acho que com um exame positivo para gravidez nas minhas mãos, eu iria sorrir antes mesmo de pensar que vou enjoar, engordar, sentir a dor do parto, gastar rios de dinheiro, perder noites e noites de sono... Eu abriria um sorriso.
Eu já havia dito isto há muito tempo: A mulher foi mesmo feita para ser mãe.
Antes de tudo eu sou mulher. Com desejos de mulher. Com defeitos de mulher. Com visão de mundo feminina. Mas... Em essência eu também sou mãe.
E hoje eu me sinto frustrada quanto percebo que muita gente não quer ter filhos e os tem. Não entendo a mecânica disto na mente de Deus. Não entendo e isto é uma limitação minha, eu sei.
Não posso imaginar como é que alguém diz que um filho pode ser um acidente.
É que a fé que me foi dada me diz que nada acontece sem que o Senhor de tudo tenha pleno e absoluto controle. Senão, não seria soberano sobre todas as coisas.
E é nesse momento que eu me pego pensando como é que uma pessoa pode achar que foi o acaso, um descuido, um esquecimento que fez com que gerasse um ser humano, uma pessoa que virá ao mundo e dependerá de si, e um dia crescerá a fará seu próprio caminho.
Eu não tenho a pretensão de pensar que o meu filho será meu. Que ele ficará aqui comigo o tempo todo. Eu sei que terei de preparar um ser para o mundo. Não para mim.
Mas, afinal, foi para isto que eu ganhei óvulos, útero, seios, braços... Foi para isto que meu corpo foi preparado.
Aos 30 eu já sei que a gente ama simplesmente porque ama. Eu não tenho mais a ilusão de que as pessoas são perfeitas. Eu, aliás, detesto perfeição. Acho que a beleza está é nos pequeninos detalhes que destoam da totalidade.
E fico pensando que é por isso que um ser gera outro ser. Para amar. Para aprender, de fato, o que é o amor. Para aprender o que é compartilhar. A ser família.
E agora meu corpo quase que grita para mim que já está chegando a hora de isto acontecer.
E eu me pego com medo da possibilidade de isto não ser possível.
E eu sinto uma tristeza enorme por isto. Porque, como sempre, eu tenho medo do futuro. Do que será. Do que ainda não é.
Remoendo a impressão de que pode ser que não aconteça. E se acontecer, se eu vou ser uma boa mãe. Se saberei me dividir em vários papéis.
Será que continuarei a ser uma boa companhia - se é que eu já fui algum dia?
Será que vou dar conta continuar me arrumando?
Será que vou conseguir seduzir meu companheiro de existência?
Será que conseguirei deixar meu bebezinho em casa para ir trabalhar?
Será que eu vou conseguir ser uma boa dona de casa?
Será que eu vou conseguir, afinal, dar conta de todos os papéis que, enfim, fazem uma mulher ser uma mulher?
Tantos outros "serás" ficam a martelar em minha cabeça louca...
Eu quero ser mãe. Mas, sem deixar de lado a pessoa que me ama e a quem amo. Sem esquecer que antes de qualquer coisa eu preciso ser eu mesma. Porque o bebê um dia vai deixar de depender de mim para tudo. Vai engatinhar, caminhar, vai para a escolinha, se tornará adolescente, jovem, vai namorar, casar e vai embora de casa... E sobraremos eu e o meu amor...
E o que teremos em volta? O que será de nós?
Mais e mais perguntas...
Eu sei que só o tempo pode responder. Eu sei.
Mas, não me furto o direito de pensar em tudo isto...
Afinal, de que me serviria ter 30 anos - e um tantinho mais - se eu não tivesse a capacidade de pensar em coisas que, de fato, podem acontecer?
É, Meu Bem... Acho que a escolha por Sofia não é por acaso. Penso que, ao cabo de tudo, ela é que irá me responder a estas tantas perguntas... Sabedoria não é para todos.
Amo!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aos 30 - e meio!!! - eu já sei de algumas coisas:
DE-TES-TOOOOOOOOO:
  • Falta de educação
  • Intromissões na minha vida
  • Comparações da minha vida com a de outros
  • Que digam o que estou sentindo - quando não é verdade
  • MENTIRA - odeio!
AMOOOOOOOOOOO:
  • Rir
  • Estar com meus amigos
  • Estar com a minha "louca" família
  • VERDADE
  • Olhos nos olhos (ups, Amado... Não vale olhos nos olhos para eu ficar vesguinha - mais do que já sou...)
Ah... Isso tudo é só para lhe dizer, Amor, que cheguei até aqui depois de uma árdua caminhada e os nossos caminhos se cruzaram. Agora, juntos e de mãos dadas no corpo, na alma e no coração, eu quero que saiba que eu AMO também:
  • O jeitinho como seus olhinhos se apertam para sorrir...
  • O sorriso lindo que se abre logo depois
  • O modo como ri de minhas palhaçadas...
  • O jeitinho de protestar quando eu mando - hehehehehe!!! (Aperta os olhinhos também!)
  • O som da sua voz - tão agradável. Aliás, eu já lhe disse que você tem uma linda voz e que é muito afinado... Vamos fazer uma dupla?
  • O seu abraço... Um dos mais aconchegantes do mundo!
  • Seus cabelos ao vento. E entre meus dedos.
  • O jeito que tem de acalmar minhas tempestades
  • A vida que tenho ao seu lado...
É... Acho que valeu a pena chegar até aqui...
E eu quero continuar assim: Mãos dadas pelo caminho... Meu caminho no seu, seu caminho no meu. Assim!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Muitas, muitas mudanças na vida...
Sem internet em casa, entretanto.
E com uma saudade grande de ver gente que eu nunca vi.
Com uma "coceira" na alma por querer muito escrever.
E com um medão danado do que está por vir.
E com uma alegria imensa por, finalmente, tantas coisas boas estarem acontecendo ao mesmo tempo.
Tempo... Coisa que, quanto mais velhos ficamos, menos achamos.
É o preço por ter de viver. E é a alegria por poder viver!
Volto logo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Lições

Também aprendi:
Posso sentir medo. Muito medo. Ser muito medrosa. E eu sou mesmo.
E nesta lição, o que se conclui é que o bom do medo são os dois caminhos que se abrem: A covardia e a coragem.
O corajoso não é o que não tem medo. É o que os tem e os enfrenta. Mesmo sabendo que pode se machucar.
As cicatrizes nos servem para mostrar que vivemos. Eu tenho várias e várias. Não sei se sou corajosa, entretanto.
Tenho medos que não sei se posso enfrentar. E o novo é sempre um medo. Grande. E que é, a cada dia, maior.
Outra lição: Se temos uma mão para segurar, tudo isto fica mais fácil.
Salomão sabia mesmo das coisas: "É bem melhor serem dois do que um".
As lições da vida são muito duras. Mas, para quem se arrisca a passar por elas, é um alento saber que a própria vida é o prêmio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Aprendendo a aprender


Há tempos eu me pego pensando a respeito de haver chegado nessa etapa da vida. Porque tenho um objetivo primordial: Aprender.

Principalmente aprender com os meus erros. Para não cometê-los novamente, e para não sofrer tanto mais.

Os que buscam a sabedoria aprendem com seus próprios tropeços. Os que são realmente sábios observam o caminho, caminham por ele e procuram não cair na pedra que já viram antes - e na qual muitos já tropeçaram.

Eu já percebi, no entanto, que muita gente com quem falo - principalmente os mais jovens - parecem não dar muito crédito ao que eu posso dizer a eles.

Quando, por exemplo, eu faço algum comentário a respeito de casamento, alguns me olham com aquela cara: "Não conseguiu conservar nem o seu, vai dar pitaco na minha vida"?

Queria poder abrir a cabeça da criatura só para que ela soubesse que, justamente porque eu tropecei NAQUELA pedra é que eu estou dizendo que ela pode lhe fazer cair. E seriamente.

Daí porque eu acho que sou uma pessoa em busca da sabedoria.

Não obstante, eu ainda tropeço. E muito. Mas, se alguém puder acreditar que os meus erros me fizeram aprender alguma coisa, eu tenho um bocado a ensinar.

Hoje eu sei, por exemplo, que não sou forte. Sou é muito frágil. Eu achava que poderia resistir ao poder de uma paixão, que eu só sofreria se quisesse e que só amaria a quem eu escolhesse amar.

Pura ilusão! Ilusão de menina. Quando cresci e virei mulher entendi que paixões são incontroláveis, que sofrimentos são inevitáveis e que o amor não escolhe. Ele simplesmente é.

E que há milhares de formas para ele.

Aos 30 anos eu entendo que o amor não precisa de motivos para acontecer. Há muitas formas, entretanto, de se confundir outros sentimentos com amor.

Se eu digo que amo alguém porque é maravilhoso comigo, porque é belo, gentil, delicado, afetuoso, atencioso, etc, etc, eu estou apenas expressando a minha admiração pelo que eu entendo ser qualidades.

Sim, porque nesta altura da vida eu já entendi também que, muitas vezes, o que eu acho que é defeito pode ser um atributo que EU não possuo.

Eu admiro - ah como admiro! - a pessoa que não está nem aí para o modo como se aperta o tubo da pasta de dentes! Pois, apesar de eu DE-TES-TAR pegar o tubinho todo amassado, eu sei que essa minha neura é uma coisa à toa. Mas, isto é algo que me incomoda profundamente, embora também saiba que é o tipo de sentimento que eu AINDA consigo controlar.

Hoje eu procuro segurar a minha onda. E a não segurar mais tanto assim.

Como disse a minha querida amiga Claudinha, que já está a alguns anos de experiência à minha frente, aos 30 a gente já não quer mais apenas agradar como fazia aos 20.

Eu tinha um desespero enorme por não magoar, por fazer apenas aquilo que agradasse aos outros e não necessariamente a mim.

Aos 30 - e uns meses já - eu compreendi que não posso agradar a todo mundo. E que, no fim das contas, quem restará nessa ciranda da vida sou eu.

Óbvio que eu ainda sinto muito medo de magoar. Só que eu tenho muito mais consciência daquilo que me dói com profundidade. E, por isso, não deixo mais que atitudes alheias e que me machucam, sejam repetidas ao ponto de me ferir demais.

Agora eu sei que minha família é meu porto seguro, mas que os meus não são eternos. Sei que sou louca por gatinhos e cães e que eles me acalmam muito. Sei que me sentir só me dói. E que me sentir sem lugar tira minhas energias.

Sei que vale a pena tentar, ainda que as tentativas não redundem em coisa alguma, pois é disso que é feita a vida.

Eu aprendi que é muito mais fácil falar do que agir. Mas, que eu posso me colocar no lugar do outro.

Que eu quero muitas coisas, mas que não poderei - jamais - ter muitas delas. Nem por isso eu me sinto frustrada.

Eu agora sei, mais do que qualquer outra coisa, que é urgente viver. Mas isto não implica em viver sem responsabilidade. Sei do que gosto. E também sei do que não gosto.

Hoje eu ainda tenho um pouco de medo de dizer que gosto mais disto do que daquilo. E sei que daqui a algum tempo isto vai passar. Afinal, os anos vividos nos dão licença para sermos cada dia mais nós mesmos.

E hoje, aos 30, eu sou mais eu do que fui aos 20. Mas, foram a soma dos 20+10 que resultaram em uma pessoa mais franca, mais aberta, mais corajosa e também mais cautelosa. Principalmente consigo mesma.

Sim, afinal, foi agora que eu aprendi - também - que toda ação começa em mim mesma, assim como a reação que ela provoca. Por isso, eu sei que tudo quanto eu disser, tudo o que eu fizer tem consequências, e que eu devo enfrentá-las, sejam elas quais forem.

E a vida começa mesmo aos 30... E há quem discorde. E eu torço para que, quando eu chegar aos 40, eu possa repetir a mesma frase e criar outro Blog. Pois, sei que lá na frente eu recomeçarei e direi: A vida começa aos 40. Para que possa começar, enfim, o 40 em Uns!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mas, hein?

Bem que me diziam, e eu li também, que quando a gente faz 30 anos o metabolismo fica mais lento.
Olha, eu fico aqui pensando quanta injustiça há nisto. Vejam bem, quando a gente faz 30tinha fica mais resolvida, sabe melhor o que quer, não tem mais tanto medo de dizer o que vem à cabeça, e não tem mais aquele pavor - que nos assola aos 20 e tantos anos - de ter de agradar a todo mundo.
Com três décadas de existência, olhamo-nos no espelho e gostamos - ou não - definitivamente do que vemos. Somos mais bem resolvidas com nosso reflexo e mais generosas com nossas imperfeições, justamente porque sabemos que elas nos dão aquele charminho gostoso, sabe como é?
Bom, eu pelo menos penso assim. Às favas se vão ficar reparando na minha celulite ou nas estrias que tenho no derrière... Afinal "eu sei que eu sou bonita e gostosa, e sei que você me olha e me quer"...
Então, não é injusto que exatamente nessa época tão boa da vida a gente fique com o metabolismo mais lento, o que faz com que aquelas rabanadas do fim do ano passado parem todas nas suas coxas e no culote?
Fala sério, né? Agora, se eu for fazer a dieta dos pontos, eu vou ter de fazer um cálculo diferenciado porque eu tenho 30 anos e meu metabolismo está indo ladeira abaixo...
Tudo fica realmente diferente no nosso corpo.
Por exemplo, repentinamente eu tive vontade de ser mãe... Claro que sempre tive vontade de ter filhos, mas esta vontade ficou guardadinha na "gavetinha" do meu coração por uns bons anos. Quando os 30 anos estavam para chegar, no entanto, parece que uma sineta de alerta começou a soar dentro de mim como quem diz que meu corpo já está perdendo o prazo de validade. Claro que a medicina evoluiu horrores, mas acontece que o meu corpo é quem fala o tempo todo que está ficando tarde.
Nós mulheres já nascemos com toda a quantidade de óvulos que iremos liberar durante toda a vida. E eles envelhecem e perdem a qualidade, assim como nosso corpo vai perdendo a vitalidade. Estamos chegando ao topo da pirâmide da vida, e depois é só declive...
Sei que é cruel dizer isto. Só que é verdade!!! Tudo o mais que fazemos é retardar o inevitável.
Outro dia fiz uma ecografia dos seios e descobri que eles já estão "parcialmente liposubstituidos". Isto na linguagem leiga quer dizer solenemente: "os peitos dela logo, logo cairão"... Isto é fato!
Tudo fica mais difícil: Engravidar é mais difícil, as gripes saram mais devagar, perdemos muito da elasticidade... Coisas que os avanços tecnobiológicos nos ajudam a solucionar - e eu vou correndinho atrás deles!!!
Quase 5 quilos, foi o que meu metabolismo mais lento me deu de presente de 30 anos... O povo tem dito que estou melhor assim... E dizem que "a voz do povo é a voz de Deus"... Mas eu não estou achando divertido perder minhas calças quase todas...
Não que esta seja uma resolução de Ano Novo... Mas preciso urgentemente de fazer meu metabolismo se lembrar que é aos 30 anos que começamos a viver...