sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ter 30 anos não é mais como ter 20...
Há dez anos eu digitava sem parar e não sentia nada. Agora, a mão esquerda está gritando de dor... Consequência da minha inconsequência... Fazer o que? Os 30 a gente aprende também que a Lei do Retorno existe meeeeeeeeesmo!
Então, é hora de fazer escolhas: Poupar as mãos no trabalho, ou poupar as mãos no lazer - não menos necessário à minha sobrevivência.
Não posso parar de trabalhar. Então, minha "voz" está um pouco rouca e as palavras têm de ficar um pouco mais escassas...
Tem nada não. Os pensamentos, enquanto isso, voam longe. E a saudade de dizer o que sinto fica cada vez mais forte!!!
Beijos a todos os que tem se preocupado comigo!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mãos Dadas


Iluminada pelo cometa que passou lá no meu Universo Verbal, comunico aqui também que o 30 em Uns acaba de aderir à campanha Outubro Rosa! Segue a cópia do texto postado lá no Universo:

"Outubro Rosa é o nome do movimento. Mas, ele tem de começar, na verdade, dentro de cada um de nós, numa movimentação íntima, um desejo enorme de se amar e se cuidar.
Outubro foi o mês escolhido para se lembrar do cuidado que nós mulheres devemos ter com nosso corpo.
É o mês dedicado às crianças. Talvez por isso mesmo tenha sido escolhido para a campanha. Afinal, são os seios que oferecem o primeiro alimento da vida.
Providências simplérrimas - que é se autoexaminar todos os meses e ir ao ginecologista ao menos uma vez por ano e fazer mamografia ou ecografia dos seios - pode salvar milhares de vidas.
O Outubro Rosa serve para lembrar o quão maravilhoso é ser mulher, e o quão importante é que nos cuidemos. É imperiosa a necessidade de diagnósticos precoces...
Só temos uma vida para viver, então, é importante que valorizemos aquilo que nos é dado tão graciosamente... E, mais do que desejar viver, é mister desejar viver com qualidade e muuuuuuuuuuita saúde!!!
Meninas e meninos: Divulguem o Outubro Rosa! Quem sabe assim a gente não consegue diminuir a incidência de mortes causadas pelo câncer de mama no Brasil e no mundo?
Beijos enormes!!!"
Para informações mais completas, acessem os links abaixo!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

30 e Uns... Abraços

Chegar a um determinado ponto na vida não é fácil, o que não significa dizer que é ruim.
Antes, pelo contrário, o caminho que se percorre pode mostrar muitas paisagens. O modo como as vemos é que determinará o que pensamos ou deixamos de pensar a respeito delas.
O que sei, é que diante do calor eu desejo o frio. Mas, se está frio demais, eu desejo estar confortavelmente aquecida.
Amo a chuva. Mas, quando chove demais, eu bem quero ficar em um abrigo. Mas, não desejo que pare de chover.
Somos sempre assim, insatisfeitos com o que vivemos. Queremos sempre algo mais e eu me pergunto o que esta motivação - o que agora tenho a tentação de chamar de "as pernas que me movem pelo caminho" - deseja do restante de mim.
Essas pernas estão sempre impelidas a se moverem para um lugar que não sei onde, e pisam em todo o tipo de terreno ignorando o que pode estar pela frente, e não querem parar...
Hoje meu coraçãozinho queria parar o tempo, por um átimo de segundo que fosse. E nessa partícula ínfima de um instante, eu faria uma eternidade inteira para ter tempo de pesar, no meu coração, aquilo que ele deseja.
Não quero me prender novamente a um comodismo confortável. Não quero voltar à Caverna de onde há pouco tempo eu saí, tampouco quero entrar em outra caverna... Quero ser livre!
E, o que eu faço então? Ando na chuva? Sinto o calor do sol que queima meus ombros? Sigo caminhando ou paro? Ignoro as milhares de cavernas do caminho?
O que faço? Eis as famosas "partículas infernais" pairando novamente sobre a minha mente e meu coração!!!
Ontem, eu senti medo... Senti alívio. Senti dor. Senti calor. Fome. Comi. Ontem eu lembrei muuuuuuuitos anos da minha existência. Fiquei triste. E alegre também. Senti vontade de deitar sobre a grama e deitei. Senti um frio de tremer... E recebi um abraço gostoso e quentinho... Aconchego dos melhores. Bom! Teria sido outro momento para ficar eterno... E ficou... Na lembrança daquela lua linda acima de mim, naquele calor e no cuidado que recebi.
E hoje, eu acordei sem saber direito de nada da vida. Todas as minhas certezas desapareceram e, repentinamente, eu desejei desesperada que uma voz do além, cheia de sabedoria infinita, me dissesse o que fazer...
E conheci um texto de Saramago que não conhecia ainda... O Conto da Ilha Desconhecida. E eu me vi num mar português de uma Gabi lá de além mar...
E eu, sem mais nem menos, passei a ser aquele Capitão que jamais havia navegado e assim mesmo pediu um barco ao Rei para ir atrás da Ilha Desconhecida.
O problema é que, após ser encontrada, ela passaria a ser conhecida... Aí é que começam os problemas... Eu achei os meus 30 anos... Uma Ilha Desconhecida que habitava os meu coração.
E, de uma frase tão simples, que ouvi há mais de um ano atrás - e da qual ontem eu relembrei - resoluta deitei à porta das petições até que o monarca me atendesse... E ganhei um barco... Pensei que havia encontrado quem houvesse saído pela porta das decisões para acompanhar meu delírio louco de uma viagem mais louca ainda rumo ao desconhecido.
O que eu não sabia é que a Ilha deu-se a conhecer e passou a ser conhecida. E eu só quero conhecer o que não conheço ainda.
Os portugueses amigos nos falam do mar porque o amam. E eu falo dos caminhos porque sempre neles vivi. Nos caminhos da minha infância, nas estradas que me levavam à fazenda, depois ao sítio, depois para casa, e ainda muitos rumos até chegar ao mar, muitas vezes... Mas, do mar eu amo os mistérios e o som... Mais do que qualquer outro no mundo até agora.
Só que eu amo mais ainda os caminhos que me levam a outros lugares... Pois o conhecido eu já não quero porque se deu a conhecer... Quero o que os meus olhos ainda não viram em mim...
Mas, ali, naquela curva ali, esconde-se algo que minhas pernas estão desesperadas para encontrar, meus pés não querem enfrentar, meu coração não quer sentir, e a minha mente não quer escutar... Mas, as pernas são enlouquecidas... Não querem parar. E eu preciso parar porque estou cansada demais agora. Só um pouquinho, eu queria aquele abraço gostoso de ontem... Só mais um pouquinho... Porque eu amo abraços... Outra coisa que descobri de mim... Que amo abraços.
E, se abraço apertado alguém, é porque desse alguém gosto demais e guardo este gostar como uma jóia muito preciosa...
Que não quero perder, e não quero arranhar... E, por ela, eu até pagaria o preço do afastamento do abraço... Porque para nos afastarmos também é preciso um primeiro passo. O que é o início de um caminho outro... Desconhecido.